Fraturas do punho - Wrist Fractures

Fratura do punho é um termo médico utilizado para um punho quebrado. O punho é composto por oito pequenos ossos que se juntam com os dois ossos longos do antebraço chamados de rádio e ulna. Apesar de uma fratura poder ocorrer em qualquer um desses dez ossos, o mais comumente acometido é o rádio. Essa fratura é chamada de fratura da extremidade distal do rádio pelos cirurgiões de mão (Figura 1).

Algumas fraturas do punho são estáveis. Fraturas “sem desvio”, nas quais os fragmentos ósseos não saem do lugar inicialmente, podem ser consideradas estáveis. Algumas fraturas “com desvio” (nas quais os fragmentos precisam ser colocados no lugar por movimentos denominados “manobras de redução”) também podem ser estáveis o suficiente para serem tratadas com gesso circular ou tala gessada. Outras fraturas são consideradas instáveis. Nas fraturas instáveis, mesmo que os fragmentos sejam posicionados no lugar correto e um gesso seja colocado, estes tendem a sair do lugar e se deslocar para uma posição ruim antes de consolidar. Isso pode deixar o punho torto.

Algumas fraturas são mais graves que outras. Fraturas que quebram a superfície articular ou fraturas que se estilhaçam em vários pedaços (fraturas cominutivas) podem tornar o osso instável. Essas fraturas mais graves requerem tratamento cirúrgico para restaurar e manter o alinhamento do osso. Uma fratura exposta ocorre quando um osso quebra e é forçado para fora através da pele. Isso pode causar um risco aumentado de infecção no osso.

Causas

Uma fratura do punho pode ocorrer de incidentes como uma queda sobre a mão estendida. Traumas graves como acidentes de carro, moto ou quedas de escada geram lesões mais graves. Ossos fragilizados (como na osteoporose, por exemplo) tendem a quebrar mais facilmente.

Sinais e sintomas

Quando ocorre uma fratura no punho, frequentemente há dor e inchaço. Pode haver dificuldade para mexer ou usar a mão e o punho. Alguns pacientes podem conseguir movimentar e exercer funções com a mão e o punho mesmo com um osso quebrado. O inchaço ou a presença de um osso fora do lugar podem provocar uma uma aparência deformada ao punho. Geralmente há dor em torno da fratura e com a movimentação dos dedos. Às vezes há formigamento ou dormência nas extremidades dos dedos.

Diagnóstico

O cirurgião de mão realizará o exame físico e solicitará radiografias para avaliar se existe fratura. Em alguns casos, exames como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética podem ser necessários para melhor detalhamento da fratura e de outras lesões. Ligamentos (estruturas que mantêm os ossos juntos), tendões, músculos e nervos podem estar lesionados quando há uma fratura do punho. Estas lesões podem necessitar de tratamento também.

Tratamento

O tratamento depende de vários fatores, dentre eles:

  • Tipo de fratura, se há desvio, instabilidade ou ferida na pele
  • Sua idade, profissão, passatempos, nível de atividade física, mão dominante
  • Estado geral de saúde
  • Presença de outras lesões

Uma tala gessada acolchoada pode ser utilizada inicialmente para alinhar os ossos e dar suporte ao punho, aliviando um pouco a queixa de dor. Se a fratura não for muito instável, um gesso pode ser aplicado para manter a fratura reduzida. Outras fraturas podem se beneficiar de procedimento cirúrgico para recolocar e manter os fragmentos no lugar.

As fraturas podem ser fixadas por diversos implantes. Pinos, parafusos, placas, hastes e fixadores externos podem ser utilizados (Figura 2). Uma pequena câmera pode ser usada para auxiliar na visualização da articulação internamente. Algumas vezes o osso é tão severamente esmagado que gera uma falha óssea, visualizada após a redução. Nestes casos, pode-se lançar mão de enxerto ósseo para ajudar no processo de consolidação e reabilitação.

Reabilitação

Durante o processo de reabilitação, é de extrema importância a manutenção de movimento dos dedos para evitar a rigidez. O cirurgião de mão indicará o momento certo de início de movimentação do punho para cada caso. A fisioterapia e a terapia ocupacional frequentemente auxiliam na recuperação de arco de movimento, força e função.

O tempo de recuperação varia e depende de muitos fatores. Não é infrequente a reabilitação durar meses. Mesmo após esse período, alguns pacientes podem ainda apresentar limitação de movimento e dor residuais. Lesões graves podem resultar em artrose precoce do punho. Ocasionalmente, terapias adicionais e novos procedimentos cirúrgicos podem ser necessários.

Figure 1
Ossos do pulso mostrados com uma fratura não deslocada do raio
Figure 2
Fratura do raio mostrada estabilizada com fixação externa e placa e parafusos
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